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sábado, janeiro 27, 2007

O CONTADOR DE HISTÓRIAS

Nunca me tinha dado para escrever …. Bem isto parece uma lenda …

Há muito muito tempo existiu um contador de história muito talentoso que tinha o nome de Damião. Ele era muito popular na sua região e arrastava multidões consigo devido à sua veia erudita.

O rei da província começou a ficar intrigado com tamanha fama deste contador e numa tarde solarenga decidiu levar sua noiva a ouvir uma historieta das dele.

Damião estava rodeado de crianças e bastantes mulheres nesse dia, no entanto, uma em particular lhe tinha chamado a atenção: a noiva do rei.

Eleonor era muito bela e delicada e tinha marcado casamento com o rei nos sete dias seguintes. O rei, porém, desconfiado, estranhou aqueles olhares cúmplices entre os dois.

O rei tornou-se uma pessoa extremamente irada e ainda mais desconfiada a partir daí. A sua loucura chegou ao ponto de marcar uma audiência com uma bruxa.

Ele explicara o sucedido e entregou três moedas à bruxa em troca de um feitiço sobre o contador de histórias.

Com este feitiço quando o contador acabasse uma história a sua audiência morreria. O feitiço só terminaria quando alguém se apaixonasse por ele.

No dia de casamento, Eleonor fez questão de convidar o contador apesar do rei não concordar.

No fim da cerimónia Eleonor teve a ideia de mandar o contador iniciar uma história.

Damião satisfeito, começa a relatar com a mesma emotividade de sempre:

— “Há muito muito tempo existiu um contador de história muito talentoso que…

Quando Damião acaba a história vê tudo errado.

O Rei desaparecera e nem deixara rasto. No chão apenas se encontrava Eleonor e o resto dos convidados.

Damião ficou aterrorizado e aproximou-se logo do corpo de Eleonor. Porém uma voz fez-se ouvir das suas costas.

— Não adianta. Esta morta. Lancei-te um feitiço. Quem ouvisse as tuas histórias morreria.

— Quem a ordenou? Quem?

— O rei — respondeu prontamente a bruxa.

— Transforme-me numa estrela. A minha vida sem ela não faz sentido.

— Se assim o queres assim será.

Damião desaparecera com alvoroço e acabara de se transformar numa estrela.

Com o barulho um corpo mexeu-se por entre a multidão perante o enorme espanto da bruxa. Era Eleonor.

— Mas que aconteceu? Acho que adormeci com a história do contador. Onde é que ele está?

A bruxa incrédula respondeu:

— Pensando que estava morta pediu-me para o transformar numa estrela.

Eleonor petrificada e severamente abalada pede um desejo também a bruxa:

— Transforme-me numa estrela como a dele.

A bruxa respondeu:

— Se é isso que a realeza deseja assim será.

FIM

Meireles

sexta-feira, dezembro 29, 2006

VERDADE A MENTIR



Já não há tempo a perder,
São as horas que te amarram,
Onde um dia vais vencer,
As tristezas que se apagam.

Não havia um outro dia,
Quem mais podia saber,
Eras tu quem mais eu queria,
Não te queria ver sofrer.

Eu sei do que digo
Eu sei do que falo
Assim é melhor amor.

Somos todos animais,
Que não sabem o que querem,
Os Humanos pedem mais,
È por isso que se ferem.

Eu não quero mais pensar,
Nesta dor que sofro agora,
O melhor é acabar,
Antes que me vá embora.

Eu sei do que digo
Eu sei do que falo
Assim é melhor amor.

É inútil estar assim,
Porque assim ninguém está bem,
É melhor estares sem mim,
Mesmo estando sem ninguém.

Não duvides do que digo,
Eu tenho sempre razão,
Mais vale não estar contigo,
E enganar meu coração.
Meyrelles

NÃO VEJAS MAIS



Não vejas mais nesse espelho de cristal,
Olha antes para mim mas por dentro de ti,
Toca meus braços e sonha que sou real,
E não vivas mais esse mundo em que te vi.

Eu sou a imagem que tu pretendes esconder,
É por isso que evitas olhar nesse teu espelho,
Com o medo de me sentires sem poder ver,
E cegamente acreditares no meu conselho.

Desculpa por te pedir tanto por tão pouco…
Sei que isto é muito duro e não mereço,
Não me deixes sozinho só por ser louco.

Eu sei amor, a tua vida não tem preço,
Mas quem mais grita por ti até ficar rouco?
Alguém te dá a vida como eu a ofereço?
Abel Carvalho
29/12/2006

domingo, novembro 19, 2006

MEU PORTO, MEU ABRIGO




Meu Porto, meu abrigo,
Tu calas as ruas com a tua beleza,
Tu és a alma que eu sempre persigo,
Tu acabas de vez com a minha tristeza.

Os Deuses moram em ti ó cidade,
Os mortais rezam por ti noite e dia,
Tu és um mundo sem lugar nem idade,
Tu és a arma que me traz alegria.

Ó cidade mostra o teu rosto imortal,
Mostra a tua ponte que mergulha no mar,
Cega com as luzes que tens sem igual!

Solta a tua frescura para eu respirar,
E abre teu porto para um abraço final,
Pois quanto mais te abraço mais te quero amar.
Manuel Rebelo
15/11/2006


NOTA:
Este soneto foi escrito enquanto esperava o meu autocarro no Porto e durante a minha viagem de regresso a casa… não podia ter melhor inspiração… heheh
Ele é dedicado a todas as pessoas que gostariam de viver nesta bela cidade, mas que devido a circunstâncias maiores não tiveram essa possibilidade. Resta-me desejar força e coragem para essas pessoas e um bom haja a todos.

domingo, novembro 05, 2006

MAOS



O amante deste amor irreal,

É como poesia incompleta,

Num mar sem sal,
Numa corrida sem meta.


E onde quer que esteja,
Faltará sempre algo mais,

A fome da tua presença,

Ou a ausência de quando sais.

Se incendeia o coração,

Não o apagues com outro amor,

Tão frio como tua mão,
Tão longo como tua dor.

O amor conhece-te bem,
E tu não o sabes enganar,
Porque todas as pessoas já sabem,

Que sentimento anda no ar.

5/11/2006
Abel Carvalho

domingo, setembro 10, 2006

LONGE



E ir para longe, partir.

Onde ninguém nos separa.
Andar toda a tarde a sorrir.
Sentir carícias na cara.

Como é bom estarmos sós.
Aqui já nao é proibido.

(...)

O que é amar para vós?
É o que tenho sofrido?

Só quero amar nada mais...
Porque so recebo tristeza?
É que ja sofri demais.
Por tamanha beleza.

Porque choro se amo?
Será ele sempre assim?
Porque é por ele que chamo?
E ele não chama por mim?

(Por favor,,,
proibido não)

Desculpa, estou cansado,
Preciso de algo teu,
Algo de quem é amado,
E que nunca recebeu.

(Para sorrir...
talvez partir...
uma ilha descobrir...)

O céu aberto sem cor,
É outra natura é outro ver.
Só escrevi isto para te dizer:
Ainda te amo, ainda te amo, amor.

Pelo menos um dia perfeito,
A ver o mar e o farol,
Tua cabeça sobre o meu peito.
E lá no fundo um pôr-do-sol.

Abel Carvalho/ Carlos Noet

10/09/06

A SOLIDÃO TAMBÉM É DURA




Não digas que sim pois a solidão também é dura.

É como tudo que é efémero e não cura.
Onde um amor proibido não conhece seu fim.
Porque foi morto ao nascer e morreu assim.

Ma o amor nao tem regras suas.
E proibir é uma lei de Homem.
Não há sinalização como nas ruas.
Quando os sentimentos de ti se somem.

O coração, esse semáforo de amor.
É ele que rege e não a condição.
Tudo ultrapassa até mesmo a dor.
Mesmo nao aprendendo a sua lição.

Se amas de verdade não feches a mão.
Abre-a para que possam ver a sua palma.
Mesmo proibido perde a cabeça vai para a prisão,
Pois esta voa com tua mão com tua alma.

Abel Carvalho
10/09/06

NÃO, JÁ NAO SÃO







Não já nao são.
Sim, ele já foi um.
Um de coração.
De coração nenhum.

Que jogou e perdeu.
Que caminhou e perdeu-se.
Que nasceu e morreu.
Que lutou e rendeu-se.

Carlos Noet

1/09/06

quinta-feira, setembro 07, 2006

BEIJO FANTASMA


Na ausência da ternura de um beijo espero,
Mesmo sabendo que não somos do mesmo tempo e lugar,

Porque não há beijo em lado algum tão terno e sincero,

Como agora este que te estou a dar.



E mesmo sendo um beijo invisível e sem carne,

É tão forte como todos os outros que se dão de verdade,

Até este beijo tem seu poder e seu charme,

Apesar de nao pertencer à nossa realidade.


Mas se alguem duvida deste beijo irreal,
É porque nunca beijou ou foi beijado,

Pois o amor e a paixao é igual,

Áqueles que por aí se têm dado.

Abel Carvalho

5/09/2006

terça-feira, agosto 22, 2006

TU SABES


Sabes que sinto as tuas palavras no ouvido,
E elas entram como flechas sem direcção,
Sabes que não te voltarei a ver de novo,
Porque estou preso.
E um criminoso sem perdão tem cem anos de prisão.
Todas as promessas são mentiras quando deixamos de acreditar nelas.
Mas eu aceito um porque não como resposta a este sentimento,
Que corrói,
E deixa ferida,
E conduz-me contramão

Mas tu sabes a hora …
O momento em que alguém deixou de acreditar…
Um tempo de agora…
Em que alguém desistiu de amar.
E deu o seu único suspiro num nada
Ou numa golfada que nunca existiu.
Onde o tempo pára sem querer,
Onde os ponteiros esperam de perna cruzada
E o sentimento é o de perder,
Quando uma pessoa não é amada.


Abel Carvalho

15/08/06

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