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terça-feira, agosto 22, 2006

TU SABES


Sabes que sinto as tuas palavras no ouvido,
E elas entram como flechas sem direcção,
Sabes que não te voltarei a ver de novo,
Porque estou preso.
E um criminoso sem perdão tem cem anos de prisão.
Todas as promessas são mentiras quando deixamos de acreditar nelas.
Mas eu aceito um porque não como resposta a este sentimento,
Que corrói,
E deixa ferida,
E conduz-me contramão

Mas tu sabes a hora …
O momento em que alguém deixou de acreditar…
Um tempo de agora…
Em que alguém desistiu de amar.
E deu o seu único suspiro num nada
Ou numa golfada que nunca existiu.
Onde o tempo pára sem querer,
Onde os ponteiros esperam de perna cruzada
E o sentimento é o de perder,
Quando uma pessoa não é amada.


Abel Carvalho

15/08/06

domingo, agosto 13, 2006

TU



Olhei na sombra detrás de mim e vi que não estavas lá.
Senti a Tua presença mas não estavas.
(…)
Então uma dor invadiu o meu corpo.
Foi como uma perda para mim.
Estilhaçou o muito pouco que me restava.
Tornei-me num pedaço.
Pensei sempre que estivesses junto de mim.
Temera sempre olhar para trás.
Mas ao voltar-me acabei com a minha esperança.
Agora preferia nunca ter voltado.
Antes queria estar ignorante da Tua ausência.
Mesmo não sabendo a verdade.
Mesmo amando um nada.
Um nada que era tudo para mim.
Nem uma lágrima brotou do meu rosto.
Um defunto nunca chora da própria morte.
E Tu eras a razão da minha existência.
A única.
Não quero acreditar.
Mas a dura realidade volta.
Volta.
Volta.
Volta.
Era a minha mente que te fazia existir.
Mas Tu nunca exististes.
Tu nunca lá estivestes.
Deus nunca Te criou.
Só eu Te criei.
Só eu Te via.
Só eu Te sentia.
Só eu Te amava.
Talvez nunca quiseste existir.
Era disso que eu precisava:
Que Tu quisesses existir.
Tu para mim eras a única coisa real.
E lembro-me das coisas que fizemos juntos.
(…)
Permaneci imóvel sem forças para viver.
Quando o sol se deitou já não vi sua sombra.
Foi então que tentei erguer a minha cabeça para o firmamento.
E vi que estavas lá.
Eras Tu.
Eras uma estrela e eu sabia qual.
Então sorri como na primeira vez.
E tentei não adormecer nessa noite.
Só para não te perder.
Depois rezei para que o Sol nunca mais nascesse.


Abel Carvalho
12/08/06

terça-feira, agosto 01, 2006

OLHO INOCENTE


Olho inocente,
É alma,
Que chora,
E não mente,
Que acalma,
A hora,
Presente.

Às vezes toma,
Ora cá dentro ora cá fora,
A sombra de toda a gente,
Mas sem nada desalma,
A igual hora,
Sempre diferente.

2/01/2005

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